Hoje eu vi o mar. Há quanto tempo eu não o via. Havia muitas pessoas. Era tarde de um sábado comum, se não fosse por um detalhe. Uma criança ao correr, lançou ao vento os grãos de areia que nos seus pés se acumularam. O vento os trouxe a mim. Já tinha me esquecido o gosto da terra na boca e nos olhos. É único. E incomodante. Esbocei uma daquelas palavras ditas no ímpeto de raiva, mas preferi não me estressar. Voltei para casa. Pensava já de modo diferente. Parece clichê, mas nós escolhemos que caminhos seguir. Poderia eu, ao receber aquela rajada inesperada de grãos soltos, terminar minha cerveja (agora cheia de terra) de cara emburrada. Fiz a escolha certa. Resolvi deixar pra lá. E quantos momentos desagradáveis na vida poderiam ser evitados se resolvêssemos deixar pra lá. Se não nos importássemos em engolir areia, de vez em quando. Agora, toda vez que eu pensar em me estressar, lembrarei do mar. E daquela criança, que me disse tanto, sem ao menos notar minha presença ou saber que eu existo.
(21/08/2010)
tu conseguiu traduzir minha filosofia de vida como eu nunca consegui! o mar é o personagem perfeito pra isso :)
ResponderExcluirDias atrás li esse seu post e hoje, no banco, me lembrei muito dele. Aquelas filas enormes, problemas que parecem simples mas que ninguem resolve. Minha vontade? Xingar todo mundo e sair de lá de cara emburrada..gritando ao mundo como aquela agência é péssima e etc...mas resolvi deixar pra lá! Caminhei mais um pouco até a floricultura e comprei uma muda de Alecrim. O meu bebê Alecrim. Depois passa lá no meu blog pra ver a fotinho do seu mais novo priminho tah! rsrsrs
ResponderExcluirBeijos!
ah que honra marcinha. legal, consegui fazer contigo o que os teus textos fazem comigo ^^.
ResponderExcluirPham, não ia adiantar mesmo se estressar, só ia estragar o resto do teu dia. O melhor mesmo foi ir comprar a planta xD. Mais um membro na família, hhhehehe. Beijos.
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